domingo, 3 de março de 2013

Cantalício




Pegou gosto pela coisa                                       Mais um que foi pela vida
quando ajudava seu pai...                                  adquirindo experiência,
começou num cai, não cai,                                 arcando co’as conseqüências,
mas foi pegando o tenteio;                                “levando o pago nas costas”;
dava os primeiros galopes,                               - que pra que alguém campereasse,
e meio aos tombos e golpes                                 tinha que ter quem domasse,
tornou-se um homem do arreio.                          e cada um faz o que gosta.

Filho do Adão “Chamichunga”                         Hoje velho, traquejado,
(que lhe botou no serviço),                                 ainda sente nos braços
querendo fazer com isso                                     o peso dos simbronaços
que ele soubesse o valor...                                  que escorou na profissão;
reconhecendo a importância                              mesmo assim, ainda enfrena,
daquele ofício, pra estância,                              que a vida ficou pequena
e não para o domador.                                       e ele seguiu na função.

Adão pensou que o menino,                               Assim, feito outros tantos
pela rudeza da lida                                            esquecidos na memória,
fosse querer pra sua vida                                  que as metáforas da história
rumo inverso ao que escolheu;                         deixaram no anonimato...
porém, se o dom é uma graça,                          foi um mestre sem diploma,
nem que doa na carcaça,                                  e quem sabe o valor da doma
o destino pertence a DEUS.                             não vai negar este fato.

Lhe dava um meio salário                                São muitos iguais a ele
a cada três que pegava...                                 que vivem pelos galpões,
em sua cabeça, ele estava                                inspirando gerações
mostrando pro Cantalício,                               com gauchismo, em verdade;
que a doma é cheia de encantos,                     e emprestam chapéu pra outros 
mas que ninguém paga o tanto                       que vivem falando em potro
quanto vale o sacrifício.                                  pra se amostrar na cidade.

Cantalício, pouco a pouco                              Cantalício, Cantalício...
foi ficando calejado,                                       no fundo seu pai queria, 
e ao contrário do esperado                            com xucra sabedoria
seguiu os passos do pai...                               que percebesse também,
que já naquelas alturas,                                -que se arriscar com crinudo,
por conta das quebraduras                            não faz os que tem estudo
não “tava” domando mais.                            pagar mais pra quem não tem.

Cantalício das ponteadas,                             Repetiu-se a mesma história
reculutas, revisadas...                                    com outro ponto de vista...
que fez muita gauchada                                 pra o Cantalício a conquista
sem jamais pensar em si;                               foi de alma e coração;
por isso  teve seu mundo                              -toda escolha tem seu custo,
resumido aqueles fundos,                              mas nunca se mede o justo
e nunca saiu dalí.                                          pelo grau de instrução.

                                                                      Oitenta e poucos janeiros,
                                                                      e nunca ouviu-se um lamento;
                                                                      apenas os argumentos
                                                                      do Cantalício, que diz:
                                                                      -vive em paz com sua consciência
                                                                       quem demonstra inteligência
                                                                       no jeito de ser feliz. 


                                                                                        Zeca Alves.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Cavalo de tiro

Há um cavalo de tiro pra toda estrada comprida,
que vai tenteando o cabresto, mas vai tranqueando com a vida...
Um pingo manso de arreio que nos leve em rumo certo,
pois dependendo dos sonhos, nem tudo fica tão perto.

Feito um cavalo de tiro que se adelgaça sentando,
o homem vai pela estrada e segue assim, se costeando;
depois de muito estropiar-se traz o olhar mais profundo,
e aprende a livrar as pedras pra andejar pelo mundo.

Igual aos tentos da trança que aos poucos vão se afinando,
A vida é feita de rumos, e ao tranco vamos cruzando...
Que da porteira pra fora, os sonhos batem as asas,
e a paz que a gente procura "tá" aquerenciada nas casas.

Quem cruza as madrugadas firmando a rédea na trança,
deixa o suor pro sereno, depois que o pingo se cansa...
Que a estrada mostra a distância pra que a gente não se iluda,
que é preciso ter caminho, não basta um pingo de muda.

O cabresto apresilhado vai firmando o cinchador,
e traz com ele um motivo pra quem aprende com a dor...
Pois o corredor que leva, nos traz de volta também;
Junto a um cavalo de tiro, vai a saudade de alguém.

Talvez por isso que o tempo, a cada légua vencida,
nos cobra o tanto que andamos, pelas volteadas da lida,
pra nos dar um outro tanto, como forma de experiência,
e mostrar pelas distâncias, quanto vale ter querência.

Porque a vida tem sentidos que a gente sabe e não diz,
e sempre cansa o cavalo, tentado assim, ser feliz!
Mas quem tem pingo de tiro olha a estrada diferente,
apeia, troca os arreios, e toca a vida pra frente.

                                                         Zeca Alves & Gujo Teixeira


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Coxilha

                                                            

      Depois de um final de semana muito agradável, volto á matear em silêncio, e mais uma vez me transporto ao meu interior, que é o que mais gosto de fazer; são nestas horas de interiorização que revejo meus rumos, e tudo aquilo que tenho DITO E FEITO... penso que deixei a desejar quando:
      -Esqueci de agradecer publicamente ao povo cruzaltense, principalmente aos urbanos, pois ao manifestar o apreço que tenho a minha terra, minha gente, minhas origens, sequer passou pela minha cabeça a possibilidade de despertar o complexo de inferioridade de uns e outros. Mas, é compreensível, somos seres humanos, e seres humanos são falhos. Partindo deste princípio, ao mesmo tempo que venho agradecer ao POVO cruzaltense, também venho através desta reflexão escrita, pedir perdão, se aquilo que mais prezo causou uma situação desconfortável através da falta de maturidade daqueles que por viverem de alma armada, acabam por distorcerem o que foi dito com a simples intenção de bendizer a querência que amo tanto.
     Creio que maturidade nem sempre se adquire com o passar dos anos, maturidade é um princípio que acompanha a humildade, humildade que não significa o jeito de mostrar-se ou de APARECER, e sim, o jeito de SER. Respeito a todos, inclusive ao urbanos, posto que, minha mãe é urbana, e eu não seria tão ingrato a ponto de esquecer quem me deu educação o suficiente para transitar em qualquer meio, conviver com qualquer tipo de gente, indiferente de classe social, cotidiano, etc, etc, etc... muito embora meu grau de estudo seja o mínimo (fator que não serve de exemplo pra ninguém), o maior orgulho de minha mãe (mulher URBANA) é justamente a questão de ter cumprido a missão de preparar os filhos para que pudessem andar por aí (mundo afora) com orgulho de serem dignos, de terem dignidade; Filhos sem vícios prejudiciais á imagem, á saúde, e incapazes de induzir novas gerações a qualquer descaminho no rumo dos princípios morais e éticos.
      Perdoem se acaso este CAMPEIRO, não soube expressar o orgulho de ser quem é!?
      Deixo aqui, com outras palavras, de um sábio filósofo CAMPEIRO, o que eu disse durante a premiação da 32ª Coxilha Nativista de Cruz Alta!

       "Meu canto não conhece desencanto,vem peleando a tanto, tanto, mas não cansa de pelear...
        hoje ja se houve a ressonância desta voz de peão de estância conquistando seu lugar."

       "Canto e minha voz quando levanto, não traz ódio, nem maldade, coisas que não sei sentir.
        Hoje o amanhã não me fascina, tenho o ontem que me ensina, e se disser eu vou mentir."

       "Peço pra quem julga e dá conceito, que esqueça o preconceito e me aceite como sou:
       -Manso como água de cacimba, mas palanque que não cimbra porquê o tempo enraizou."

       "Meu canto tem cheiro de terra e pampa, é um andejo que se acampa tendo o mundo por galpão!
        Grito pra que o mundo inteiro ouça, que é raiz de muita força rebrotando deste chão."

       "Canto nesta terra onde me planto, mas não pisem no meu pala que eu me empaco e me boleio.
        Canto pra pedir mais igualdade, e quem não gosta da verdade que se aparte do rodeio."

                                                                                                                          Adair Rubim de Freitas.
   
                Que venham outras coxilhas, que Cruz Alta siga esta terra abençoada culturalmente!


                Esta é minha sincera homenagem a todos aqueles que realmente me conhecem e sabem dos meus princípios morais, e dos valores que prezo, mas que acima de tudo me compreendem, me aceitam como sou, e me respeitam.

                                                              Aos demais... Meus lamentos!

                                                                                     Tchau e Gracias! Zeca Alves!
     

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Passagens...

                                               


















 Recordo tantas passagens neste viver de peão,
 Que por vezes me pergunto: “Quantas ainda virão”?
 É o jeito antigo que tenho, e que bem sabem os meus,
 De refazer o caminho pra estar mais perto de DEUS.

Ao de redor do braseiro me paro mais pensativo,
Olhando a vida de longe porque me sobram motivos.
No respingar da cambona, que vai molhando o topete,
O mate é parte de um ciclo onde tudo se repete.

Nascer é parte daquilo que já nos foi concebido,
Posto que os olhos se abrem para o que for percebido...
Como se tudo voltasse por conta do que existiu
Levando o ser novamente ao ponto de onde partiu.

O labutar recomeça todos os dias, e assim...
Vou a cavalo de encontro ao que faz parte de mim;
Pois, meu estado de espírito, reencontrei neste plano,
Na condição de querência, d’onde voltei ser humano.

Mas, sempre levo comigo uma saudade incontida,
Que marca várias passagens com chegadas e partidas,
E vejo nas despedidas, das tantas que a vida tem,
Que ela se faz de quem parte, e de quem fica também.

De um lado ao outro da vida, um eterno vem e vai;
Uma lembrança, um sorriso, uma lágrima que cai;
No ciclo, enfim, das esperas, entre o antes e o depois...
Há um sentimento constante, igual a um marco entre os dois.

Daí se explica esse jeito de reviver um momento,
Mesmo só por um instante, através do pensamento;
Os desencontros são fatos nesta sina de andar,
Cuja falta que sentimos, depois de nós vai ficar.

Quando o silêncio transporta o homem pra dentro de si,
Deixa o olhar mais distante, como fosse além daqui...
Onde os “recuerdos” revelam o sentido da existência,
E a matéria não separa espírito e consciência.

São circunstâncias do tempo, que pela mão nos conduz
Os caminhos que, em verdade, se mostram plenos de luz...
Sendo que a alma da gente, por certo sabe a razão
Que nos leva em rumo certo, ao sem fim da imensidão

                                                                     Zeca Alves.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Homens de bem

Existem certas coisas na vida, que podem parecer escassas aos olhos de tantos, porém, pra quem acredita e tem motivos de sobra, o querer bem ainda vai muito além das distâncias, o querer está nos olhos daqueles que se admiram, se respeitam e que acima de tudo sabem o verdadeiro valor de uma AMIZADE, daí surge a gratidão, o carinho, e a certeza de não se estar sozinho em momento algum. Reparto com os amigos uma sincera homenagem que o cumpadre Érlon (Padrinho do Candoca) fez, e nos encheu de um orgulho que, diga-se de passagem, não tem o mínimo de vaidade, mas muito de um sentimento recíproco que faz dos homens de bem, seres humanos contribuintes em prol de um mundo melhor! Gracias cumpadre! Paz e luz sempre!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

         Ainda hoje cedo, me peguei mais uma vez repensando a vida, revendo os rumos, e repensando o caminho a seguir; e como graças a DEUS meu universo é uma vertente inesgotável de trilhas sonoras que dão sentido ao que sei e penso; mais uma vez, minh'alma permitiu que a condição de ser humano transcendesse em lágrimas aquilo que vivo, e sinto que fazem parte da minha razão de existir, desta vez o poeta me diz bem mais do que procuro, me diz exatamente o que pretendo reviver; e como não bastasse, a obra está registrada na voz de um cantor, que pra mim é parte viva do campo (Fabiano Bacchieri).

Tenho o prazer de repartir estas coisas simples da vida com os amigos! Gracias meu DEUS!

Cantiga pra um final de doma

"Um claro de lua ponteou no horizonte,
Debruçando estrelas do céu pras esporas...
A silhueta negra dos pingos troteando
é um quadro gaúcho, corredor afora".

"Trago de tiro um baio rabicano,
Cismado de baixo, e recém sujeitando;
Levo a tristeza de entregar já pronto,
Este zaino estrela que vem me embalando".

"Pingo buenaço que domei com gosto,
pra apartar terneiro em claro de rodeio...
que corta o rastro no peso do corpo,
e senta a cola no embalo do freio".

"Este é o destino de quem doma potros:
-Negacear a sorte em lombos de cavalos,
Ganhar a vida roseteando os malos,
E aprontar os buenos pra o andar dos outros".

"Então me vejo voltando no baio,
bobeando a cabeça, blandeando pra o céu...
Que doma nova é um braseiro morno,
E o mango, a faísca, para um fogaréu".

"Na lua grande o olhar da linda,
num castanho claro vestindo a invernada;
É um veneno pra quem vem solito,
Campeando achego no sem fim da estrada."

"Talvez por instinto eu afago um manso,
ou surro cruzado quando corcoveia:
-É o sangue sulino de algum ancestral,
é um bagual bufando no correr da veia."

Marcio Nunes Corrêa.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Pra dona dos meus carinhos

 
 Seis anos  já se passaram...
 E parece que foi ontem, graças a DEUS!
 Que meus olhos se encontraram
 Ao mirar os olhos teus.

 Seis anos já se passaram...
 E outros tantos hão de vir,
 Multiplicando carinhos
 Com motivos pra seguir.


                                                       Seis anos já se passaram...
                                                        Tão ligeiro que nem vi;
                                                       Que até mesmo a vida inteira
                                                       É pouco pra entregar pra ti.
                                                                                                
        Gracias meu amor, pela dedicação, carinho e compreensão dedicada a mim e aos nossos filhos
no decorrer do tempo, que se faz mais intenso e menos perceptível desde o dia 15 de junho de 2006.
                               
                                                                                                                              Zeca Alves.

         E aos que ficam pensativos quando menciono a evolução espiritual do poeta Gujo Teixeira, aqui mais uma constatação de que sua alma com certeza já cruzou várias picadas, dessas que e gente ainda vai cruzar, repisando seu próprio rastro; talvez por isso o registro versejado: Para que tenhamos maior compreensão de tudo que o tempo nos apresenta.

"Eu sei morena, não é só saudade
nesses meus olhos querendo te ver.
Já se perderam por tantos olhares
mas hoje sabem o que é um bem querer. "

"Por isso, linda, meus olhos se acharam
pois buscam apenas o que sabem ter
as coisas boas que me alegram a vida
o teu olhar e o teu bem querer."

                           Gujo Teixeira.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Prosseguir...

Hoje estão fazendo cinco anos exatos
que comecei a entender exatamente o sentido da vida,
e que a cada dia que passa revejo o caminho percorrido,
e o rumo a seguir com mais clareza graças a DEUS. Pois
com a benção lá de cima sei que:
-Origem é um luzeiro que fortalece as raízes através da procedência.
-Viver é dimensionar o tempo conforme o que a alma tem
pra revelar a cada instante.
-Ser feliz é fazer valer a pena, todo e qualquer sacrifício em prol daqueles que amamos...

Pois não me canso de morrer:
De amor.
De saudade.
De frio.
De calor.
De cansaço.
Enfim, de sentir na flor da pele a intensidade da existência, que se revela sempre mais valiosa quando um luzeiro se resume nos olhos, no sorriso e nos gestos de um ser que me ensina mais e mais, o verdadeiro sentido das palavras amor e compaixão, que se propagam toda vez que os regressos me dão o prazer de estar junto aos meus amores, e me fazem esquecer os tantos momentos árduos vividos, e dimensionar os bons momentos que embora pra muitos pareçam serem poucos, mas que pra mim hão de ficar marcados pra eternidade, enquanto os demais se fazem, e se farão passageiros.

Gracias meu DEUS!
Pela família que tenho, e pela graça de ser pai, amigo, e responsável pelo caminho a ser seguido por quem me ensina bem mais do que penso, quando penso ensinar sempre o melhor que posso.

Feliz Aniversário meu filho, meu amor, meu amigo João Cândido Alves. Primeiro fruto de um amor que me faz mais apreensivo e feliz numa vigilia constante pelo amanhã.
Por isso que após morrer tantas vezes, reencontro motivos para renascer.
                                                                                                        Zeca Alves.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

De luz e alma...

     

"A perda é quando: Muito te concentras no que poderia ter sido, e não te apercebes de tudo que continuará a ser".                                                                                                                                                                                                                                                                         (Autor desconhecido)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Além de pedra e silêncio...

Todo silêncio é pouco...

    Talvez por isso, sigo mateando calado, enquanto a alma em manifestos dirige palavras aos dedos; palavras que brotam das inquietudes que trago no mais profundo do ser, principalmente quando por costumeiro revejo meus dias, e me pego a olhar a vida de longe, e as coisas ao meu redor...
     Como todo santo dia nesta passagem terrena, a existência revela fatos que acabam por habitar o pensamento dos seres humanos que ainda acreditam que nem tudo está perdido, e que a humanidade enfim irá reencontrar o caminho onde o bem há de imperar absoluto.
      Então, o silêncio mais uma vez brota sentido...
       No estado errante que nós homens nos encontramos sobre a terra, é inegável que todos temos a necessidade de evoluir moral e espiritualmente, para que possamos seguir a caminhada na direção de tudo aquilo que um dia nos revelará a plenitude do existir.As reflexões então me indagam sobre gestos e buscas que uns e outros fazem única e tão somente para alimentar o ego.
       Por tantas vezes testemunhamos homens dizendo uma coisa, e fazendo outra, tal como se o que dissessem fosse lhes isentar do que realmente pensam; e numa busca incessante pelo supérfluo acabam envolvidos pela puerilidade deste mundo, e, por conseguinte, esquecem suas obrigações para consigo e seus semelhantes, e junto á isso, deixam de somar ao porvir...
         Seria este o motivo para que o silêncio de quem observa, lhes mostrassem frios?
        -Que os desprovidos de compaixão pelo menos olhem pra os seus semelhantes como pra si mesmos, é respeitando que um ser se faz respeitado, é praticando a caridade que o ser se habilita a ter mais luz na caminhada.
         Quando aqueles que aqui se encontram estiverem além da vida, trilhando o caminho das sombras que eles mesmos seguiram, que DEUS e os espíritos de luz lhes confortem e lhes guiem, iluminando seus pensamentos para que tudo enfim se esclareça da melhor maneira possível. Que suas almas tenham perceptividade maior em relação á esta existência, e á tudo que fizeram sem pensar nas consequências. Mas, que ainda aqui, percebam antes tarde do que nunca, o quanto erraram, porque sempre há tempo pra se arrepender.
          
          Ah! E quanto á pedra...

          A pedra, apesar de mineral, por vezes é mais exemplar que muitos homens, pois, partindo do princípio que uma pedra jamais fere alguém por vontade própria, muito homem se torna mais frio que a própria pedra...
Por isso, deixem “os pedras” onde estão, e façam do além silêncio, uma prece á eles; infelizmente, entre nós, habitantes deste plano, ainda existe quem não valha uma pedra; além do mais, pedra é parte do caminho.
                                             
                                                                        
Por esta luz que me guia...                                                                       
                                                                                       Zeca Alves.
                                                                     06 de abril de 2012 - Sexta-feira santa
                                                                           Fazenda Joaquim Oliveira.
                                                                             Rio Grande –TAIM-RS